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Atlas: muito mais do que simples coleções de mapas

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Nos dias de hoje, quando queremos saber onde fica a cidade de Kherson, qual é o ponto mais alto de África, onde desagua o rio Orinoco ou como se chama a capital do Cazaquistão, basta  googlarmos  as ditas palavras num qualquer smartphone e, num ápice, temos a resposta. Muitas vezes, o próprio Google encaminha-nos para o  Google Maps  onde podemos ver a localização exata de tais locais. Em vista de  mapa  ou de  satélite , podemos aproximar o zoom ao ponto de identificarmos os automóveis nas ruas ou afastá-lo até contemplarmos o planeta inteiro. E, como o(a) prezado(a) leitor(a) bem sabe, também temos o  Google Earth , o  Bing Maps  e até o  OpenStreetMap , aberto à colaboração de todos, muito à semelhança da Wikipédia. Mas as coisas nem sempre foram assim. Na era pré-digital nada disto estava à distância de um clique. Era preciso consultar mapas impressos em papel: mapas políticos, mapas físicos, mapas históricos, mapas de estradas,...

Raymond Denaës, Guide illustré pour visiter Paris, 1950

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Denaës, R. [1950].  Guide illustré pour visiter Paris, Enghien-les-Bains, Versailles, Vincennes . Paris: Éditions L’Indispensable, 78 pp., brochado, ilustrado com numerosas plantas e fotos a preto e branco + 1 planta desdobrável a cores 52,5x73cm O livrinho de hoje é um guia turístico francês de Paris e arredores. Não traz a data de publicação, mas, segundo o Google Books, deverá datar de 1950. Posteriormente, este guia foi atualizado e sucessivamente reeditado nas décadas de 1960, 1970 e 1980, contando com versões noutras línguas, nomeadamente em inglês e espanhol. Percursos por Paris Escrito por Raymond Denaës e publicado pelas Éditions L’Indispensable – editora ainda em atividade e especializada em obras cartográficas, integrada no grupo Marie Claire desde 2009 – o guia turístico começa com uma introdução a Paris, seguida de indicações sobre como se deslocar na Cidade Luz : de metro, de autocarro, de táxi, de automóvel e a pé. Em complemento, há outras informações úteis sobre co...

DGEMN, Paço dos Duques de Bragança, Guimarães, 1960

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  Paço dos Duques de Bragança. Guimarães: dezembro de 1960 . Lisboa: Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, Ministério das Obras Públicas. Col. Boletim da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais , n.º 120. 28 pp., brochado, ilustrado com 95 figuras extratexto entre estampas e desenhos, alguns desdobráveis. Localizado a apenas duzentos metros do Castelo de Guimarães, o Paço dos Duques de Bragança é um dos mais belos palácios medievais portugueses e, também, dos mais visitados. Em 2023, recebeu 389 mil visitas ( fonte ). No entanto, creio que a esmagadora maioria das pessoas que visitam o Paço dos Duques não faz ideia da verdadeira história deste edifício e de que, o que hoje se vê, é quase tudo criação do século XX. E isto leva-nos ao livro de que hoje vos vou falar: o número 102 do Boletim da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), editado em dezembro de 1960 e inteiramente dedicado ao Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães. Criada em...

Henri Pirenne, As cidades na Idade Média, 1962

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Pirenne, H. (1962).  As cidades na Idade Média: Ensaio de história económica e social . Lisboa: Publicações Europa-América, col. “Saber”, n.º 51, trad. Carlos Montenegro Miguel, 176 pp. O livro que vos trago hoje é a primeira edição em língua portuguesa de uma importante obra da historiografia europeia,  As cidades da Idade Média:  Ensaio de história económica e social  de Henri Pirenne. Ostentando na capa uma fotografia aérea da cidade occitana de Carcassonne, este livro foi impresso em 1962, com tradução de Carlos Montenegro Miguel, a partir do original em língua francesa. Editada pelas Publicações Europa-América, dentro da sua coleção Saber, n.º 51, a obra conheceu sucessivas reedições. Historiador belga, Henri Pirenne (1862-1935) foi professor da Universidade de Gante, dedicando-se à história económica e social e sendo um dos pioneiros da história das mentalidades. As suas obras principais –  Maomé e Carlos Magno  e  As cidades da Idade Média ...

Lutz Koch, Rommel, 1949

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Koch, Lutz [1949].  Rommel . Lisboa: Editorial Asper, 5.ª ed., s/d. Col. “Grandes Biografias”, trad. Dídia Marques, 257 pp. Militar de carreira, o meu pai acalentava uma especial admiração por alguns chefes militares. Um deles era, indubitavelmente, o Generalfeldmarschall Erwin Rommel (1891-1944), também conhecido como “Raposa do Deserto”, pelo seu papel no comando da força expedicionária alemã no Norte de África, Afrika Korps. O livro que hoje vos trago pertencia ao meu pai e é uma biografia do marechal-general de campo Rommel, escrita por Lutz Koch e publicada, em Portugal, pela Editorial Aster, com tradução de Dídia Marques. Trata-se da 5.ª edição deste livro, mas que não está datada. Afrika Korps vs 8.º Exército ou Rommel vs Montgomery Desde criança que me lembro de ver este livro numa estante lá de casa. Mas nunca me despertou especial interesse: não tinha imagens e parecia-me demasiado massudo... No entanto, Rommel e o Afrika Kops – assim como Montgomery e o 8.º Exército – f...

Luís Reis Santos, Monuments of Portugal, 1945

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Santos, Luís Reis [1945].  Monuments of Portugal . Lisboa: Secretariado Nacional de Informação - S.N.I. In-8.º de 156 pp. + 52 pp. de fotografias. Monuments of Portugal é um livro em língua inglesa publicado em Lisboa pelo Secretariado Nacional de Informação (SNI). Com textos de Luís Reis Santos, este livro é uma tradução de uma obra publicada originalmente em 1940, por ocasião das comemorações do Duplo Centenário da Fundação de Portugal e da Restauração da Independência. O livro não está datado, mas, pelo que se deduz da leitura da introdução, terá sido publicado poucos anos após a edição original em português. Como a instituição responsável pela obra aparece identificada como SNI, o livro será posterior a 1945, ano em que se deu a alteração do nome da anterior Secretariado de Propaganda Nacional (SPN), fundada em 1933, para SNI. Entre 1933 e 1950, o SPN/SNI foi dirigido por António Ferro (1895-1956), o grande dinamizador da política cultural do Estado Novo. SPN (1933-1945), SNI ...

Manuel Ribeiro, Sé de Lisboa, 1931

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  Ribeiro, Manuel. (1931). Sé de Lisboa . Coleção "A Arte em Portugal", n.º 13. Porto: Edição Marques Abreu. Continuo estes posts no blogue Le Bouquin de Porto com mais um livro publicado no Porto, agora sobre a Sé de Lisboa. Faz parte da coleção "A Arte em Portugal", constituída por 24 volumes, publicados entre 1926 e 1967. Esta série foi criada e dirigida por José Antunes Marques Abreu (1879-1958), conhecido artista gráfico, estabelecido no n.º 310 da avenida de Rodrigues de Freitas, no Porto. Apresentada como uma "série de volumes de vulgarização artística e arqueológica", todos os números da coleção "A Arte em Portugal" eram constituídos por uma parte de texto e outra de fotografias. O editor, Marques Abreu, recorreu a diversos autores para a redação dos textos, sendo as fotografias sempre de sua autoria. Capa, contracapa e lombada são inteiramente lisas, cobertas por uma sobrecapa de papel vegetal onde estão estampados o nome da série, volum...