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Henri Pirenne, As cidades na Idade Média, 1962

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Pirenne, H. (1962).  As cidades na Idade Média: Ensaio de história económica e social . Lisboa: Publicações Europa-América, col. “Saber”, n.º 51, trad. Carlos Montenegro Miguel, 176 pp. O livro que vos trago hoje é a primeira edição em língua portuguesa de uma importante obra da historiografia europeia,  As cidades da Idade Média:  Ensaio de história económica e social  de Henri Pirenne. Ostentando na capa uma fotografia aérea da cidade occitana de Carcassonne, este livro foi impresso em 1962, com tradução de Carlos Montenegro Miguel, a partir do original em língua francesa. Editada pelas Publicações Europa-América, dentro da sua coleção Saber, n.º 51, a obra conheceu sucessivas reedições. Historiador belga, Henri Pirenne (1862-1935) foi professor da Universidade de Gante, dedicando-se à história económica e social e sendo um dos pioneiros da história das mentalidades. As suas obras principais –  Maomé e Carlos Magno  e  As cidades da Idade Média  – deram origem a uma enorme polémica n

Lutz Koch, Rommel, 1949

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Koch, Lutz [1949].  Rommel . Lisboa: Editorial Asper, 5.ª ed., s/d. Col. “Grandes Biografias”, trad. Dídia Marques, 257 pp. Militar de carreira, o meu pai acalentava uma especial admiração por alguns chefes militares. Um deles era, indubitavelmente, o Generalfeldmarschall Erwin Rommel (1891-1944), também conhecido como “Raposa do Deserto”, pelo seu papel no comando da força expedicionária alemã no Norte de África, Afrika Korps. O livro que hoje vos trago pertencia ao meu pai e é uma biografia do marechal-general de campo Rommel, escrita por Lutz Koch e publicada, em Portugal, pela Editorial Aster, com tradução de Dídia Marques. Trata-se da 5.ª edição deste livro, mas que não está datada. Afrika Korps vs 8.º Exército ou Rommel vs Montgomery Desde criança que me lembro de ver este livro numa estante lá de casa. Mas nunca me despertou especial interesse: não tinha imagens e parecia-me demasiado massudo... No entanto, Rommel e o Afrika Kops – assim como Montgomery e o 8.º Exército – fazia

Luís Reis Santos, Monuments of Portugal, 1945

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Santos, Luís Reis [1945].  Monuments of Portugal . Lisboa: Secretariado Nacional de Informação - S.N.I. In-8.º de 156 pp. + 52 pp. de fotografias. Monuments of Portugal é um livro em língua inglesa publicado em Lisboa pelo Secretariado Nacional de Informação (SNI). Com textos de Luís Reis Santos, este livro é uma tradução de uma obra publicada originalmente em 1940, por ocasião das comemorações do Duplo Centenário da Fundação de Portugal e da Restauração da Independência. O livro não está datado, mas, pelo que se deduz da leitura da introdução, terá sido publicado poucos anos após a edição original em português. Como a instituição responsável pela obra aparece identificada como SNI, o livro será posterior a 1945, ano em que se deu a alteração do nome da anterior Secretariado de Propaganda Nacional (SPN), fundada em 1933, para SNI. Entre 1933 e 1950, o SPN/SNI foi dirigido por António Ferro (1895-1956), o grande dinamizador da política cultural do Estado Novo. SPN (1933-1945), SNI (194

Manuel Ribeiro, Sé de Lisboa, 1931

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  Ribeiro, Manuel. (1931). Sé de Lisboa . Coleção "A Arte em Portugal", n.º 13. Porto: Edição Marques Abreu. Continuo estes posts no blogue Le Bouquin de Porto com mais um livro publicado no Porto, agora sobre a Sé de Lisboa. Faz parte da coleção "A Arte em Portugal", constituída por 24 volumes, publicados entre 1926 e 1967. Esta série foi criada e dirigida por José Antunes Marques Abreu (1879-1958), conhecido artista gráfico, estabelecido no n.º 310 da avenida de Rodrigues de Freitas, no Porto. Apresentada como uma "série de volumes de vulgarização artística e arqueológica", todos os números da coleção "A Arte em Portugal" eram constituídos por uma parte de texto e outra de fotografias. O editor, Marques Abreu, recorreu a diversos autores para a redação dos textos, sendo as fotografias sempre de sua autoria. Capa, contracapa e lombada são inteiramente lisas, cobertas por uma sobrecapa de papel vegetal onde estão estampados o nome da série, volum

Indicadôr de utilidade pública: Pôrto, 1939

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Indicadôr de utilidade pública: Pôrto, 1939 . Porto: edição e propriedade: Agência Fulmina; composto e impresso: Tipografia Sequeira, Lda Começo estes posts no blogue Le Bouquin de Porto , precisamente com um antigo roteiro da cidade do Porto. Chama-se Indicadôr de utilidade pública: Pôrto, 1939 e tem um formato do género livro de bolso com 16 mm de lombada e  –  curiosidade!  –   as páginas não estão numeradas. O Indicadôr começa com uma lista de “Chamadas de socorros”, onde figuram os contactos mais urgentes. Aqui encontramos, entre outros, o quartel do Carmo da GNR, com o número de telefone 121 (quase que era 112!); os Bombeiros, na época sediados em Gonçalo Cristóvão; a Câmara Municipal do Porto, estabelecida no Paço Episcopal, sendo dito “Em construção o sumptuoso edifício, na Praça do Município, para onde serão transferidos todos os serviços da Câmara” (haveria que esperar ainda quase duas décadas para que tal se tornasse realidade!); os comandos da 1.ª Região Militar e da PSP,

Le Bouquin de Porto - o porquê de um blogue

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Sempre gostei de livros e sempre gostei de os comprar. Mas nem sempre os leio. Pelo menos, não na íntegra. Às vezes, porque, quando ainda vou a meio de um livro, começo a ler outro que acaba por me prender mais a atenção e depois perco o interesse de voltar ao primeiro. E há livros que compro só porque gosto de os ter, pelo prazer de os folhear, de ler um parágrafo aqui e outro ali, mas sem querer assumir o compromisso de os ler de ponta a ponta. Tenho mais livros do que espaço para os guardar e, em minha casa, excluindo as casas de banho e a pequena lavandaria, tenho estantes de livros em todas as divisões. Há livros na vertical, à fase das prateleiras, e outros tantos na horizontal, por cima dos primeiros. E, por trás destes todos, ainda estão outros, numa segunda fila de acesso praticamente impossível... Talvez por isso, muitos livros acabam exilados no sótão e ali repousam em silêncio, empilhados, ensacados ou encaixotados. Lugar especial para mim têm os atlas geográficos. Desde mi