Le Bouquin de Porto - o porquê de um blogue

Sempre gostei de livros e sempre gostei de os comprar.

Mas nem sempre os leio. Pelo menos, não na íntegra. Às vezes, porque, quando ainda vou a meio de um livro, começo a ler outro que acaba por me prender mais a atenção e depois perco o interesse de voltar ao primeiro. E há livros que compro só porque gosto de os ter, pelo prazer de os folhear, de ler um parágrafo aqui e outro ali, mas sem querer assumir o compromisso de os ler de ponta a ponta.

Tenho mais livros do que espaço para os guardar e, em minha casa, excluindo as casas de banho e a pequena lavandaria, tenho estantes de livros em todas as divisões. Há livros na vertical, à fase das prateleiras, e outros tantos na horizontal, por cima dos primeiros. E, por trás destes todos, ainda estão outros, numa segunda fila de acesso praticamente impossível... Talvez por isso, muitos livros acabam exilados no sótão e ali repousam em silêncio, empilhados, ensacados ou encaixotados.

Lugar especial para mim têm os atlas geográficos. Desde miúdo que sempre gostei de viajar pelos mapas dos atlas universais e, neste blogue, conto partilhar as minhas opiniões de alguns desses atlas.

Por vezes, (re)descubro livros que já não sabia que tinha. E é, quase, como se os estivesse a folhear pela primeira vez. Alguns, não fui eu que os comprei, são heranças dos meus pais e dos meus sogros. São ecos de tempos idos, de uma era em que o suporte essencial para a difusão das ideias era o papel, uma era anterior às redes sociais e à própria invenção da internet.

O nome do blogue – Le Bouquin de Porto – é uma lembrança das deambulações pelas pequenas barracas dos bouquinistes de Paris – os vendedores de livros usados e antigos que exercem o seu ofício ao longo das margens do Sena –, sempre à procura daquele bouquin especial, há muito esgotado.

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